sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Introdução: Jovens no mercado de trabalho

 Pelo que se observa, com algumas exceções, atingir a maior idade é uma meta comum entre crianças e pré-adolescentes que, por razões diversas, compreendem ser o momento em que encontrarão maior autonomia e respeito em casa e, em muitos casos, no mercado de trabalho, já que para aqueles que ainda não conseguiram um emprego, esse é o momento crucial não só para trabalhar em uma empresa, mas ter o seu contrato registrado na CTPS.
Neste texto me refiro ao adolescente que precisa trabalhar para o próprio sustento e, em alguns casos, para sustentar a família. É aquele adolescente que está matriculado em escola pública, sem condições que o permita estudar com a tranquilidade e o propósito de ingressar no ensino superior. É o adolescente que vai para a escola, deixando os pais tensos e preocupados com a situação financeira em que se encontram, quando não incomum, deixando pais em situações críticas de alcoolismo ou algo do gênero. São adolescentes que podem trabalhar, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 14 anos a 16 anos na condição de Aprendiz e acima de 16 anos na condição de Aprendiz, com direitos assegurados.
Mas se o espaço em casa muitas vezes não contribui, elevando a auto-estima e o conhecimento desses jovens, o espaço empresarial também tem demonstrado poucas iniciativas nesse assunto, com todo o respeito àqueles que investem nos jovens e, seguramente são uma exceção.
Se por um lado, o jovem relata a célebre justificativa de que "as empresas pedem experiência, mas se nenhuma delas der uma oportunidade, nunca terá a tal experiência". Por outro lado, as empresas deparam-se com a falta de compromisso e de responsabilidade desses jovens ao desempenharem as suas funções e, cada vez menos, abrem as suas portas aos adolescentes iniciantes no mercado de trabalho.
Assim, acaba criando-se uma bola de neve. A empresa contrata um jovem, pagando menos porque ele não é responsável, porém, eis que esse jovem, com baixa orientação dos pais ou porque o dinheiro que recebe mal paga o alimento que consome, acaba desvalorizando o pouco que lhe é oferecido e transformando em verdade a fala de alguns gestores: os jovens em início de carreira são descomprometidos.
E, assim como, a postura inadequada e imatura de um jovem irresponsável é inaceitável; também jornada de trabalho mais extensa do que os demais, a falta da assinatura na Carteira de Trabalho, más condições de trabalho, remuneração inferior aos demais funcionários, mesmo quando desempenha uma função similar, também é uma atitude questionável. Mas, a intenção aqui não é compreender se foi o "ovo ou a galinha quem nasceu primeiro", mas pensar no quanto é possível engajar-se de uma maneira correta e firme. Não há como dar meia oportunidade de trabalho para alguém, bem como não há possibilidade de uma pessoa ser mais ou menos profissional. Neste caso, ou é ou não é.
É claro que quando há um excedente de mão de obra qualificada, fica impossível ao jovem inexperiente competir com os adultos. Mas, bem sabemos, não é o que ocorre em todos os segmentos/áreas. E se o adolescente cometeu algum ato infracional, não há nem com quem discutir. Para os jovens em conflito com a lei, as portas são fechadas. Ponto final. Também não entraremos no mérito dessa discussão.
Diante desse fato, fica difícil a qualquer colunista de jornal, estimular um e outro a se empenharem em suas atitudes. Tanto aos jovens, embora com baixa-estima, cabe maior persistência e seriedade com as oportunidades que lhe são oferecidas, quanto das empresas espera-se maior parceria na formação efetiva de profissionais.
 

6 comentários:

  1. Pod cre, muito bom este item de introduçao de jovens no mercado de trabalho... o que esta escrito ai e a pura realidade pois muitos jovens tem que trabalhar para dar uma melhoria de vida pra sua familia; mais com este negocio de o jovem so poder trabalhar com 18 anos fica muito dificio de arrumar emprego!!!

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  2. Fica muito dificil para o jovem conciliar, problemas familiares, trabalho e escola, esta ultima acaba ficando um pouco abandonado prejudicando um futuro proximo do adolescente, que sem o conhecimento oferecido a ele pela escola fica a merce das escolhas da vida, tendo as vezes de ficar a vida toda trabalhando por salarios miseraveis.

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  3. Antigamente era muito difícil para um jovem conseguir o seu primeiro emprego, atualmente com o apoio de alguns governos essa situação segui mudando, hoje em dia com o projeto "meu primeiro emprego" onde empresas contratam menores aprendizes, muitas portas estão sendo e serão abertas para o jovem arrumar o seu primeiro emprego.

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  4. Dentro da sociedade, se exige muito que um jovem se ingresse no mercado de trabalho. Porém, muitas empresas exigem experiência em algumas areas que alguns jovens visam como carreira de trabalho.

    Ai entra o grande problema, em nossa cidade existes poucas empresas qualificadas e de médio/grande porte que contratam jovens com uma pequena, ou quase nenhuma, experiencia.

    Como um jovem pode se ingressar no mercado de trabalho sem uma chance pra ele adquirir experiencia?
    Poucos jovens, hoje, realmente se preocupam com o preparamento profissional, que é um fato decisivo se um jovem que se ingressa em uma carreira profissional de sucesso.

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  5. entendi que apos a adolecencia. e um período em que nos adolecentes tem mais liberdade para fazermos o que bem entender. ai entra a responsabilidade e maturidade.

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  6. O jovens atualmente quando terminam os estudos não tem perspectiva de continuar os estudos e muitos optam por trabalhar, para essa opção é necessária uma qualificação para o mercado de trabalho que é muito exigente, no caso se ele não se qualifica, faz cursos ou se profissionaliza ou faz faculdade é complicado ele atender sua expectativa de ganhar bem e ter uma vida boa.É necessário empenho de sua parte para poder crescer.

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